quinta-feira, 2 de junho de 2011

Danças folcloricas do Mato Grosso do Sul e Região centro oeste

Dança do Chorado
Dança afro, da região de Vila Bela da Santíssima Trindade, surgiu no período colonial, quando escravos fugitivos e transgressores eram aprisionados e castigados pelos Senhores e seus entes solicitavam o perdão dançando o Chorado.
Com o passar do tempo a dança foi introduzida nos últimos dias da Festa de São Benedito, pela mulheres que trabalhavam na cozinha. Com coreografia bem diferente da demais danças típicas, são equilibradas garrafas na cabeça das dançarinas que cantam e dançam um tema próprio. Procuram manter a garrafa na cabeça, para mostrar que estão sóbrias, isto é, que apesar da festança ninguém está embriagado. Este passou a ser o significado atual da Dança do Chorado. 
    Dança  do Facão                                                                                                                                                                                                 
Uma das manifestações de maior destaque no interior mato-grossense, é a Dança do Facão. É um folguedo tipicamente gauchesco, sendo apresentado principalmente nos CTGs - Centro de Tradições Gaúchas, esparramados por todos os rincões do Estado, inclusive na capital, Cuiabá.
 
Esta dança masculina de esgrima, na qual se usam facões, espadas ou adagas, são conhecidas na Ásia, na Europa Oriental e na África muçulmana, como treino e lazer em áreas de grande concentração masculina. Cada dançarino com dois facões afiados, valendo a destreza, a acuidade e os reflexos rápidos. agrada a todos que vêem, pela riqueza do figurino e agilidade dos dançarinos.
     Dança dos Lanços           
A dança originária da cidade pantaneira de Barão de Melgaço, criada por dona Leodina Oliveira da Silva. Segundo a própria Leodina, esta expressão saiu dos passos do Siriri, chamado Barco do Alemão. A dança é uma declaração de amor no sentido mais singelo e sublime.
 
É uma dança antiga, com o propósito de apresentar as moças donzelas descomprometidas para os rapazes durante as festas regionais, tida como o “debut pantaneiro”. A dança é composta por passos oriundos do siriri, dançada ao som de conjunto regional, caracterizada pelos lenços, e fitas que adornam os vestidos rodados e alegres e as mãos das moças dançarinas. É uma dança delicada, com coreografia suave.
 
· Catira (GO) – semelhante à existente no sudeste, esta dança é executada por homens que sapateiam, rodopiam e palmeam um ritmo sincopado, intercalando com moda de viola, executada por dois violeiros.
           Siriri (MT) - dança de pares soltos que se organizam em duas fileiras, uma de homens e outra de mulheres. No meio delas ficam os músicos. O início é dado com os homens cantando o “baixão”, acompanhados das palmas dos demais participantes. A seguir um cantador “joga” uma quadra que é repetida por todos. Neste momento um cavalheiro sai de sua fileira e se dirige à dama que lhe fica à frente, fazendo-lhe reverência e voltando ao lugar inicial. A dama o acompanha até o meio do caminho, quando então se dirige a outro cavalheiro retorna também ao seu lugar inicial. Este cavalheiro repetirá a movimentação do primeiro, e a dança assim prossegue até que todos os participantes tenham feito este solo. Os passos não têm marcação rígida, isto é são individualizados. O acompanhamento musical pode ser apenas rítmico, executado em tambor e reco-reco; às vezes também apresenta instrumentos melódicos, como a sanfona e a viola de cocho.

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